domingo, 1 de abril de 2018

Morreste-me



"Chove muito dentro de nós. 
Sentimos que quem morre nos morre.
Há "mas" e "porquês" que nos sacodem.
Temos o coração ferido e nas feridas toca-se devagarinho.
Nestes momentos, lidamos mal com as palavras; só ouvimos a desolação interior e as palavras que vêm de fora estão muitas vezes, gastas. 
À força de as termos dito e ouvido, raramente nos chegam dentro.
Falam-nos mais os gestos e a presença demorada. 
E assim, entregues às recordações e à infinita dor da nossa perda, ouvimos subtilmente a mensagem de que precisamos: "Não estou sozinho. Estou contigo"."


... deste-me os sinais , ouvis-te a minha voz e cumpris-te a promessa ... 

Sei que te pegaram em cada uma das mãos e te levaram ... 

Sei também que eram quem estavas à espera ...

Também tem o direito a ti mas, fazes-me falta e a saudade já é imensa ....  


"Sentimos a partida dos que nos morrem na medida em que os amámos."


Mãe