"Chove muito dentro de nós.
Sentimos que quem morre nos morre.
Há "mas" e "porquês" que nos sacodem.
Temos o coração ferido e nas feridas toca-se devagarinho.
Nestes momentos, lidamos mal com as palavras; só ouvimos a desolação interior e as palavras que vêm de fora estão muitas vezes, gastas.
À força de as termos dito e ouvido, raramente nos chegam dentro.
Falam-nos mais os gestos e a presença demorada.
E assim, entregues às recordações e à infinita dor da nossa perda, ouvimos subtilmente a mensagem de que precisamos: "Não estou sozinho. Estou contigo"."
... deste-me os sinais , ouvis-te a minha voz e cumpris-te a promessa ...
Sei que te pegaram em cada uma das mãos e te levaram ...
Sei também que eram quem estavas à espera ...
Também tem o direito a ti mas, fazes-me falta e a saudade já é imensa ....
"Sentimos a partida dos que nos morrem na medida em que os amámos."
Mãe
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